USP diz que poderá reprovar estudantes grevistas por falta

Por Agência Brasil

A Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) divulgou um comunicado informando que o calendário acadêmico não foi alterado e que se os estudantes continuarem em greve podem ser reprovados por falta.

A mobilização dos estudantes começou no dia 19 de setembro na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), e, dias depois, vários institutos da universidade aderiram ao protesto.

A paralisação completou cinco semanas. Segundo o comunicado, a partir da sexta semana de paralisação, os estudantes não terão mais como repor as aulas. O calendário acadêmico não vai ser alterado e termina no dia 22 de dezembro, informa o texto.

A Diretoria da Associação de Docentes da USP (Adusp) disse que recebeu o informe com "indignação" e encaminhou, nesta quinta-feira (26), ao Conselho de Graduação da USP (CoG) um ofício no qual solicita que a normativa seja revogada.

“É retaliação ao movimento estudantil, uma vez que limita a possibilidade de reposição de aulas e estabelece redução no percentual de frequência, o que pode resultar em reprovações indevidas e injustificadas”, diz a entidade.

Na prática, a ameaça significa que alguns alunos poderão perder a vaga na instituição, pois não é permitido reprovação em todas as disciplinas em um mesmo semestre.

Protesto

O Diretório Central de Estudantes (DCE) da USP organizou um protesto nesta quinta-feira (26). Em nota, eles dizem que a possibilidade de reprovação é uma punição política.

A greve foi motivada pela falta de professores. Segundo o DCE, alguns cursos podem ser extintos por falta de docentes e funcionários como os cursos de Letras-Coreano, Editoração, Pedagogia de Ribeirão Preto e Formação de Atores.

O reitor Carlos Gilberto Carlotti confirmou que, entre 2014 e 2022, a USP perdeu 879 docentes. Os estudantes falam em um déficit de mais de mil professores.

Segundo a reitoria, apenas a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (FFLCH) mantém a paralisação. As outras 40 escolas e faculdades retomaram as atividades.

Além dos estudantes, professores e funcionários da FFLCH também estão em greve.

Questionada se a comunidade acadêmica foi consultada da decisão da reprovação por faltas, a reitoria informou que todos foram comunicados.

Fonte: Agencia Brasil – EBC

Você pode gostar

Subscribe my Newsletter for new blog posts, tips & new photos. Let's stay updated!

Contato

@2019 – Todos os direitos reservados. VenutoBR.com

Posts em Destaque

Utilizamos cookies essenciais para melhorar a experiência de navegação. Para mais detalhes, confira nossa política de cookies. Aceitar Saber mais

Participe do nosso Grupo no WhatsApp!

Receba os resultados das loterias em primeira mão!

Entrar no Grupo